quinta-feira, 9 de julho de 2009

Teatro sobre a Vida de Santa Paulina



TEATRO DA VIDA DE SANTA PAULINA
1ª PARTE – INFÂNCIA
Narrador:
Em 16 de dezembro de 1865, na cidade de Vigolo Vattaro (Trento, Itália), nasceu Amabile Lúcia Visintainer, segunda de catorze filhos. No dia seguinte recebeu o batismo.
Cena: pais e padre batizando Amábile.
Napoleone era pedreiro e Anna uma caprichosa dona-de-casa. O pai tinha que se ausentar para arrumar algum serviço. A mãe, nos longos invernos, fiava, tecia panos de linho e algodão para vestir a família.Anna cuidava da educação religiosa dos filhos, neles colocando o amor a Jesus. Ensinava pequenas orações e jaculatórias que depois decoravam e repetiam. Amábile era a mais piedosa e recolhida. Pedia sempre mais orações e gostava de acompanhar a mãe a Igreja de São Jorge.
Cena:Pai saindo com enxada nas costas, e a mãe com as crianças ao redor e falando jaculatória :Jesus manso e humilde de coração fazei nosso coração semelhante ao vosso.E Amábile pede a mãe que a ensine mais.
Pela pobreza da família, aos 8 anos Amábile foi empregada na fábrica de tecidos. Frágil sem experiência, era colocada a separar os casulos do bicho-da-seda. Ia trabalhar levando a merenda preparada por sua mãe.Com o tempo Anna percebeu que a menina estava ficando muito fraca. Obrigada a falar a verdade confessou que sempre dava a merenda para as colegas mais pobres e ela quase não comia.
Cena; Mãe Anna prepara um pão e enrola do guardanapo de pano e dá para filha ir para a fábrica. Amabile trabalha e na hora reparte o seu pão com as amigas e sua mãe pergunta porque olha pra ela e percebe que esta muito fraca e ela conta que dá seu alimento para as outras meninas mais pobres que ela.
Devido a grande crise econômica do Sul Tirol, 130 moradores de Vígolo Vattaro viajaram para o Brasil, para tentar a sorte, Napoleone e Anna com os cinco filhos vivos partiram em no dia 25 de setembro de 1875, os vigolanos se estabeleceram alguns quilômetros além de Nova Trento e ao novo povoado deram o nome de Vígolo e como padroeiro escolheram o mesmo de Vígolo Vattaro, São Jorge. Tinha início a imigração italiano no Estado de Santa Catarina.
Cena: Uma bandeira da Itália para identificar Vígolo Vattarro e algumas familias e mais Napoleone, Anna e seus 5 filhos e partem de barco (armação de madeira) para outra bandeira simbolizando Brasil
Os trentinos se preocupavam com a instrução dos seus filhos e contrataram uma professora Marina Dallabrida. Para sofrimento dos pais, não havia jeito de apreender a falar. Acharam até que fosse atraso mental e buscaram uma solução religiosa; no dia da sua primeira comunhão deveria pedir a graça da leitura.
Cena: A professora chega( mulher com avental de professora, régua de madeira e frases escritas em folhas e vai dar aula para algumas crianças(5) e mostra palavras e só Amabile não consegue ler, e a professora fala com mãe de Anna que esta preocupada porque a menina não consegue aprender a ler, se despede e vai.
Dona Anna fala com Amábile para que ela peça a Jesus a graça da leitura quando for comungar na sua primeira comunhão.
E foi assim, naquele belo dia, Amábile trazia entre as mãos o livro de Santo Afonso, “Máximas Eternas”. Após comungar, pediu a Jesus o favor: “Quero a graça de aprender a ler e prometo por toda a vida ler somente livros religiosos!” Abriu o livro e maravilha. Após a missa contou á sua mãe e a professora. Fizeram o teste e na verdade, Amábile sabia ler.
Cena: Amabile entra vestida para primeira comunhão e algumas crianças, já esta segurando o livro na mão, vai comungar deixa o livro no banco e quando volta pede a Jesus a graça da Leitura de joelhos e assim que termina a oração, senta no banco e abre o livro e consegue ler.
Terminada a missa vai até a mãe e fala que a graça aconteceu e elas vão falar com a professora que faz o teste e Amábile sabia ler.
2 ª PARTE ADOLESCÊNCIA
Narrador: Era grande a alegria de Napoleone e Anna em receberem em sua casa os padre jesuítas, residentes em Nova Trento. Ao irem atender os católicos vigolanos, a hospedagem era na casa dos Visintainer. Era uma casa pobre, mas onde não faltava diariamente a reza do Terço do Rosário.
Cena: família( pai, mãe, Amábile e 4 irmãos ) rezando o terço, e padre se hospeda na casa.
Amábile era inseparável de sua amiga Vírgina Nicolodi, a amizade se estreitara quando Napoleone e Francesco Nicolodi, para fazer frente a sua pobreza, se associaram na contrução e funcionamento de um moinho de moer milho.
Padre Servanzi percebendo o coração generoso das duas jovens propôs-lhe um caminho:
Cena: Padre chama Amabile e Vírginia e diz: Tenho uma missão para as duas jovens e gostaria que desempenhassem com amor e zelo: entrego a vocês o catecismo das crianças e a limpeza da capela de São Jorge e assistência dos enfermos.
Elas aceitam.
Missão dada, missão aceita.
Cena: Amábile dando catequese para os pequenos e Virgínia dando catequese para os maiores. Depois as crianças saem de cena e as duas vão limpar a capela, varem e colocam flores no vaso aonde tem um quadro de São Jorge.
Em 1887, Amábile perdeu sua mãe. Morreu no parto de mais um filho. Com 22 anos Amábile assumiu a tarefa de dona-de-casa, continuou com as tarefas religiosas ao lado do cuidado da família.
Duas vezes por semana, Amábile e Virgínia iam a Nova Trento, afim de receber a comunhão, eram 12 km a pé de ida e volta, iam em silêncio rezando o terço, pedindo iluminação divina.
Cena: As duas saem andando com o terço na mão, em silêncio.
Tres anos depois seu pai Napoleone se casou com a viúva maria Zamboni e Amábile estava mais livre para se dedicar ao apostolado.
Padre Marcelo Rocchi, percebeu em Amábile e Virgínia duas vocações especiais. Pediu para os vigolanos contruirem uma capela e uma gruta a Nossa Senhora de Lurdes. O povo aceitou a sugestão e Amábile e Vírgina ficaram encarregadas de arrumar o dinheiro para a aquisição da imagem. Não sairam para pedir esmolas, foram práticas plantaram uma roça de aipim.
Cena: As duas com enxadas, fazem de conta que estão carpinando e cuidando da roça de aipim, Depois vendem para um comprador e com o dinheiro vão até o padre e entregam e trazem a imagem de Nossa Senhora de Lurdes.
Numa tarde Amábile confidenciou a Virgínia; Por que não poderíamos fazer um pequeno casebre unido a Capela de São Jorge, aqui em Vígolo, para nos recolhermos a fim de rezar, trabalhar e cultivar o espírito e ajudarmos os pobres enfermos?
Vírgínia respondeu : A idéia é ótima, mas como construirmos nós a casa? E nossos pais permitirão que habitaremos aí, abandonando-os e ir viver sozinhas numa barraca?
Amábile respondeu: O bom Deus virá ao encontro. Ele sabe que queremos fazer a sua vontade, por isso na hora por Ele estabelecida, nos ajudará.
Morava em Salto Baixo uma senhora Angela Lúcia Viviani, que padecia de câncer, apesar de doente gostava de ir a Vígolo visitar sua filha casada, numa dessas visitas a doença agravou e não conseguiu voltar para casa, não houve jeito de interná-la em Florianópolis. Deste modo a cancerosa ficava em casa sozinha porque sua filha e seu genro tinham que ir para a roça trabalhar. Percebendo isso Amábile e Vírginia tomam sob seus cuidados a cancerosa.
Cena: filha e genro saem, Amábile e Vírginia entram e cuidam da mulher que esta deitada.
Padre Roncchi vendo isso, tem a intuição de fundar um pequeno hospital em Vígolo, perto da capela havia um casebre de 6 por 4m, pertecente a um rico comerciante de Tijucas, Benjamim Galloti, e padre pede e o homem piedoso doação.
Cena; Padre Roncchi conversa com Amábile e Vírgina e recebem a casa e com ela a missão da sua vida. Padre fala: A inauguração será dia 2 de julho de 1890.
Nesse meio tempo alguns vigolanos começaram a ver com maus olhos a iniciativa, lugar de moça é na casa dos pais, é namorar e casar. Como entender que duas jovens se isolem com uma cancerosa e se for contagioso? Escutaram que mais uma jovens querem se juntar aos estilo de vida das duas, melhor é cortar o mal pela raiz.
Cena: Alguns homens e mulheres impedem as duas de entrarem na casa, falando que lugar de moça é na casa dos pais.
Quem entra em cena é Napoleone; a filha era dele e tinha quem mandava. Como alguns querem enfrentar o padre? E assim decidido põe a doente numa carroça e acompanhado por Amábile, Vírginia dirigem-se ao hospitalzinho, era dia 12 de julho de 1890.
Cena: Napoleone coloca a doente na maca e Amabile e Virginia vão do lado ate chegar ao hospital e as deixa lá. Na parede tem um quadro de São José, colocam a cancerosa no colchão e ficam no lado rezando o terço.
As duas não voltam mais para casa, não para as refeições. Sua decisão de se consagrarem a Deus é definitiva. Seus pais é que mandavam comida e para a doente e sua filha providenciava.
A cancerosa lhes dava trabalho; era o mau cheiro e as blasfêmias que proferia na sua revolta.
Cena: as duas rezando e a cancerosa debochando, mas as duas não se irritam só pedem que Deus toque seu coração e a graça foi obtida; ela pede para confessar e aceitou a vontade de Deus e faleceu em fins de setembro.
3ª PARTE FASE ADULTA
Dando início a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, aprovada pelo Bispo Dom José de Camargo Barros, em 25 de agosto de 1895.
No dia 07 de dezembro de 1903, Amábile assumiu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus, Vírginia o nome de Irmã Matilde da Imaculada Conceição; Teresa do nome de irmã Inês de São José. Nos três nomes, as grandes devoções da nova Congregação: Jesus, Maria e José, a Sagrada Família.
Cena: as três irmãs proferem juramento antes da comunhão dos votos religiosos, um juramento diante de Deus e da Igreja viver sempre em obediência, pobreza e castidade. Eram toda de Deus, todas do povo e para sempre.
Colocar o CD a múscia Toda de Deus enquanto estiverem diante do padre.
A obra crescia, as casas de Vigolo e Nova Trento eram insuficientes para para receber as crianças, os doentes, os velhos e deficientes.
Para sustentar a obra Madre Paulina colocou em prática uma idéia; como não possuiam terras para cultivar, as religiosas se ofereciam para trabalhar á meia: o resultado do trabalho era dividido entre as irmãs e os proprietários. Foi um período de alegria e sacrifícios, acordavam as 3 horas da manhã, faziam suas orações e iam para roça, levando comida para o meio-dia; verdura, pirão de mandioca ou polenta de fubá.
Cena: as irmãs trabalhando com enxadas e cestas colhendo trigo.
Em 1902, Pe Luiz Rossi recebeu a notícia de que no ano seguinte seria transferido para São Paulo.
Cena: Padre recebe uma carta e lê.
No mês de novembro Madre Paulina envia uma carta circular á Congregação, primeira da sua história, na qual exalta a obra de Deus que serviu-se de pessoas que o mundo achava ignorantes, idiotas, para construir uma obra de salvação das pessoas. Claro que quem escreveu a carta foi o Padre Rossi, pois Madre Paulina sabia muito mal falar o português e pior ainda escrever.
Cena: Madre Paulina sentada a cadeira em frente a mesa aonde Pe Rossi escreve a carta.
Estando para partir para São Paulo, Pe Rossi pregou exercícios espirituais e no final convocou todas as irmãs para elegerem um Governo Central da Congregação. Madre Paulina foi eleita Superiora Geral “ad vitam”, isto é, até a morte. Votaram 21 irmãs.
Em 17 de julho de 1903 Madre Paulina recebe a carta de Pe Rossi, parte para São Paulo, acompanhada de seu pai Napoleone, não quis deixar sua filha sozinha.
No dia 7 de dezembro de 1903 as irmãs começam sua missão de educadora em nova modaria, no Ipiranga, cuidando de crianças orfãs, descendentes de escravos e os idosos.
Cena: irmãs cuidando de pessoas que estão doentes (tossindo), outros elas agasalha., dá agua.
Em 1904 Anna Brotero de Barros, rica viúva paulistana, que dá dinheiro para ajudar o Asilo Sagrada Família, dirigido por Madre Paulina, sente-se credora de direitos junto às irmãs e quer governar o Asilo.
Cena: Anna Brotero visitando o Asilo, toda bem vestida querendo mandar nas irmãs.
Ela se queixa de Madre Paulina para Dom Duarte Leopoldo.
Dom Duarte afasta Madre Paulina e manda que volte para Nova Trento. Deveria deixar a capital até a convocação de um capítulo geral.
Cena: Madre Paulina parte sem entender e Pe Rossi do outro lado da cena diz pra si mesmo não tenhocoragem de falar que ela deveria ficar por 2 anos para refazer o noviciado, para recuperar o espírito religioso.
Em 8 de agosto Madre Paulina volta para São Paulo não sabendo que deveria ficar por 2 anos em Nova Trento.Chegam no dia seguinte ao Asilo Sagrada Família e vão visitar Padre Rossi.
Cena: Chega Madre Paulina acompanhada de Madre Vicência, Vice-Superiora Geral Padre Rossi a recebe friamente e diz que deve se apresentar a Dom Duarte para pedir perdão e penitência por um retorno que não sabia ser proibido.
Em 11 de agosto é recebida pelo arcebispo, que se mostra severo e indignado. Reclama da perda do primitivo fervo, falta de espírito religioso, coisa não verdadeira e repetiu as queixas de Dona Anna Brotero.
Cena: O arcebispo e Madre Paulina escuta td e em lagrimas se ajoelha e diz que esta pronta para entregar a congregação a nova superiora, e oferece para servir humildemente na congregação como súdita, sob odediência de qualquer superiora, até a morte em qualquer ofício.
Dom Duarte perdoou tudo, abençoou e disse que iria demití-la do cargo de Superiora Geral.
Depois desse fato nunca mais Santa Paulina esteve a frente com cargo na congregação, mas seu lema era servir, tanto que cuidou da Madre Vivência quando esta adoeceu.
Viveu assim por 33 anos no anonimato, servindo com muita humildade.
A partir de 1938 a saúde de madre Paulina vai declinando, as diabetes a deixam sempre mais fraca. Uma ferida mal cuidada torna necessária a amputação de um dedo da mão direita. Dias depois grangrena avança e cortam-lhe o braço inteiro.
Cena: aceita tudo com alegria, pois tudo é vontade de Deus. E não cansa de repetir o refrão de sempre: Vontade de Deus, paraíso meu! Diz a uma irmã : O braço não é meu, já dei tudo a Deus.
Doente maneta, continua a trabalhar, para fazer os rosários, segura o arame com os dentes e com a mão restante coloca as contas.
No dia 12 de julho de 1940, participou da grande festa dos 50 anos da Congregação. A pequena semente de Vígolo era agora uma árvore frondosa, com 325 irmãzinhas espelhadas pelas 39 casas.
Uma realidade viva e visível na Igreja brasileira.
Desse dia em diante não se tem mais notícias de Madre Paulina, no escondimento e no silêncio se preparava par ao encontro final com Deus. Abençoava as irmãzinhas que a procuravam antes de partir para a missão.
Pouco se levanta depois de março de 1941, apesar de algumas melhoras.
Em maio de 1942, nova crise diabética, complicada por problema pulmonar.
O Pe Guido del Toro lhe dá absolvição, em 15 de junho
Os dias seguintes são agravados por dores físicas e espirituais, surgem as ultimas tentações : Serei condenada? Terei perdão? E pedi que rezassem muito por ela.
Dali em diante, Madre Paulina repetia as orações que aprendera de sua mãe e que alimentaram toda sua vida e obra. Eram pequenas jaculatórias que ela repetia em italiano:
Doce coração do meu Jesus, fazei com que vos ame cada vez mais...
Doce coração de Maria, sede minha salvação...
Seja louvado e exaltado o Divino Coração...
Jesus, tomai o meu coração...
Fé, fé, minha alma..Para fazer somente a vontade de Deus!
Seja como quiseres meu Deus!
Olhando para o céu, implorava auxilio divino; Misericórdia, misericórdia, foram sua ultimas palavras, morreu ás 5:50 de 9 de julho de 1942,Amabile Lucia Visintainer ingressou na Patria celeste.
Madre Paulina do coração agonizante de Jesus,cumpriu sua missão.,tinha vivido quase 77 anos.
No dia seguinte o funeral foi presidido pelo arcebispo Dom Jose Gaspar, grande presenaça de religosos, padres, leigos, devotos, pobres. Não havia dúvida; Madre Paulina era uma Santa.
Santa da Humildade e da Caridade.
Sua obra crescera 47 casas em cinco estados brasileiros, 30 postulantes, 23 noviças e 338 irmãzinhas.
Em 1991 o papa João Paulo II beatificou-a quando esteve em Florianópolis.
Sua obra esta espalhada pelo Brasil, Italia, Chile, Argentina, Nicarágua, e no Chade (Africa).
A obra de Vígolo, de Amábile e Vigínia é obra de Deus.
MADRE PAULINA DO CORAÇÃO AGONIZANTE DE JESUS
ROGAI POR NÓS.
Teatro escrito por Cristiane Rover com base no Livro: Madre Paulina uma Surpresa de Deus.

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