domingo, 28 de março de 2010

Missa: Domingo de ramos

Por: Solange do Nascimento e Gisella Parreira Batista

Solange Nascimento – é autora da Missa com as Crianças e co-autora dos livros Jesus e as crianças. Sua formação acadêmica perfaz Pedagogia, Letras e Direito. É pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior pelo UNIFOR-MG


Acolhida – Boa noite, queridas crianças. Boa noite a todos aqui presentes. Sejam todos muito bem-vindos a esta celebração.

Vocês sabem o que celebramos durante esta semana?

A semana santa, isso mesmo!

E, hoje, de uma forma toda especial celebramos o domingo de ramos. O que será que significam esses ramos, hein, crianças?

Ah!! Vou explicar. É que Jesus já era muito conhecido por toda a Palestina e, por onde Ele andava, as pessoas o saudavam da melhor forma possível, querendo que Ele soubesse o quanto era admirado e querido por todos.

Ao entrar na cidade mais importante da Palestina chamada de Jerusalém, o povo da cidade querendo homenageá-lo, apanharam inúmeros galhos, ramos verdes e começaram a balançar saudando e balançando os ramos, gritando bem forte:

__ Viva ao nosso rei, viva o nosso rei!!!

É... E hoje repetimos o mesmo ritual do povo daquela época, saudamos Jesus com nossos ramos, saudamos Jesus com nossa alegria e com nosso amor. Por isso, vamos ficar em pé e, com entusiasmo, receber a procissão de crianças que vem saudando Jesus com seus raminhos. Vamos todos cantar

Ato penitencial-

Agora, crianças, vamos todos nos ajoelhar para realizarmos nosso pedido de perdão.

Hoje é um dia muita reflexão para todos nós..

Estamos diante do Senhor, diante de sua cruz, diante dos pregos que o fizeram ficar presos a ela, estamos diante também da lança que o transpassou... diante da coroa de espinhos que o feriu e diante dos pecados que o crucificaram ...

Será que foram nossos pecados que o levaram à cruz?

Será que nosso egoísmo é representado pelos pregos que o prenderem a ela?

Será que essa coroa de espinhos não foi confeccionada pela nossa desobediência, pela nossa falta de fé, pelo nosso orgulho?

E essa lança? É a mesma com que ofendemos tantas pessoas, que atiramos contra a nossa família quando a agredimos e incidimos a violência contra nossos irmãos?

Será que também somos participantes dessa crucificação quando estamos desanimados, quando colocamos nossa fé em dúvida e passamos acreditar no mal, nas drogas, nas bebidas?

Ah, Senhor, perdão.. Perdão, porque muitas vezes, continuamos a crucificá-lo, continuamos a pregá-lo na cruz e bater os pregos dos nossos pecados, sobre suas mãos que sagram pedindo nossa remissão.

Perdão pelas nossas fraquezas, pela nossa falta de vontade de lutar contra o pecado.

Mas, hoje, diante da cruz e, na certeza da ressurreição, que tudo traduz em vida nova, vamos pedir perdão ao Senhor, cantando.

Leitura – Sentadinhos então e fazendo silêncio, vamos ouvir a nossa leitura de hoje. Através dela, Deus nos coloca bem dentro de seu plano de amor e salvação. Ouçamos com muita atenção.

Aclamação - Agora crianças, vocês ouvirão uma parte da história do julgamento, condenação e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, vocês devem prestar bastante atenção na leitura do evangelho e tentar acompanhar através das lâminas as partes dessa narrativa.

Mas antes, vamos ficar em pé e cantar com muita alegria.

Evangelho

PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO LUCAS (Mt 27,11-54)
P. Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus.
L1. Naquele tempo, 11Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:
L2: Tu és o rei dos judeus?
L1: Jesus declarou:
P: É como dizes,
L1: 12e nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. 13Então Pilatos perguntou:
L2: Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?
L1: 14Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. 15Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17Então Pilatos perguntou à multidão reunida:
L2: Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?
L1: 18Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. 19Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:
L2: Não te envolvas com esse justo! Porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele.
L1: 20Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. 21O governador tornou a perguntar:
L2: Qual dos dois quereis que eu solte? L1: Eles gritaram:
T: Barrabás.
L1: 22Pilatos perguntou:
L2: Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?
L1: Todos gritaram:
T: Seja crucificado!
L1: 23Pilatos falou:
L2: Mas, que mal ele fez?
L1: Eles, porém, gritaram com mais força:
T: Seja crucificado!
L1: 24Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:
L2: Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!
L1: 25O povo todo respondeu:
T: Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos.
L1: 26Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. 27Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele. 28Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; 29depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:
T: Salve, rei dos judeus!
L1: 30Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. 31Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. 32Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. 33E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”. 34Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. 35Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. 36E ficaram ali sentados, montando guarda. 37Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: “Este é Jesus, o rei dos Judeus”. 38Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. 39As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:
T: 40Tu que ias destruir o templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!
L1: 41Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da lei e os anciãos, também zombaram de Jesus:
T: 42A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É rei de Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. 43Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus.
L1: 44Do mesmo modo, também os dois ladrões, que foram crucificados com Jesus, o insultavam. 45Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. 46Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:
P: Eli, Eli, lamá sabactâni?,
L1: que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 47Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:
T: Ele está chamando Elias!
L1: 48E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. 49Outros, porém, disseram:
T: Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!
L1: 50Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.
(Todos se ajoelham em silêncio.).
L1: 51E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. 52Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! 53Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na cidade santa e foram vistos por muitas pessoas. 54O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:
T: Ele era mesmo Filho de Deus!
P. Palavra da salvação.
T. Glória a vós, Senhor.

Preces –

1. Como Jesus fez de forma exemplar, os que exercem o ministério sacerdotal, unidos aos Bispos e ao Sucessor de São Pedro, em Roma, entreguem suas vidas pelo rebanho. Por isso, vos pedimos:

2. Como o trigo amassado forma o pão, e a uva esmagada produz o vinho, que todos os homens e mulheres sejam capazes de se doarem, para que a vida seja um hino eucarístico, um poema de louvor e reconciliação. Por isso, vos pedimos:

3. Por cada criança presente nessa celebração, para que aprendam a entender o grande mistério do amor divino e transformar todo o mal existente em boas obras para o reino de Deus, rezemos.

Ofertório –(cenas da semana santa)

Jesus fez o maior dos sacrifícios em oferecimento ao amor por seu Pai, pelo nosso Pai e em nome de todos nós.

Agora, acompanhando os passos de Jesus, iremos oferecer ao nosso Deus de Amor as nossas ofertas:

Hoje, domingo de ramos, no verde que eles simbolizam, queremos oferecer nossa esperança de conquistar um mundo mais voltado para a fé, para a partilha, para a alegria de balançar ao vento seus dons a todos nós dignados.

Na segunda feira quando Nosso Senhor do Passos começar sua caminhada rumo ao calvário, vamos oferecer ao Senhor a nossa caminhada diária, os nossos sacrifícios, nossas pedras e dores, mas também nosso desejo de continuar caminhando e acompanhado seu filho muito amado.

Na terça feira, Senhor, quando a mãe de Jesus caminhar para encontrá-lo, vamos oferecer tantos encontros em nossa vida, encontros em família, encontros com os irmãos, encontro diariamente com nossa fé. Nas dores da mãe oferecemos nosso carinho... Nossa ternura... Nosso amparo há tantas mães que sofrem hoje, assim como ela sofreu.

Na quarta-feira, Senhor, oferecemos diante deste encontro de mãe e filho, o desejo do abraço, do estar junto a eles nesse caminho ao calvário, nossa confiança no seu plano de amor. Unidos nos momentos tristes e também vivendo juntos os momentos felizes

Na quinta – feira, Senhor, oferecemos nossa humildade, o desejo de também lavar os pés daqueles que precisam tanto de nós e que também tenhamos a confiança de nos lavar na água pura de nosso batismo renovando nossos votos de filhos de Deus.

Na sexta-feira diante de tanta dor, com a morte de seu filho, queremos oferecer nosso compromisso de seguir tudo que Ele nos ensinou, tudo que foi implantado através Dele e nos comprometer com seus ensinamentos, fazendo-os valer a cada instante de nossa jornada.

No sábado, Senhor, oferecemos nosso momento de vigília pascal, em oração, rezando também por todos que precisaram de nós e, em agradecimento a todo sacrifício de amor por Jesus derramado.

No domingo ofereceremos nossa alegria, nosso renascer pra vida nova, porque acreditamos neste pão que se torna corpo de Jesus e neste vinho que se torna sangue de Jesus. Acreditamos Senhor, que todo sacrifício de vida e morte tem valido a pena, quando vivida à experiência da ressurreição.

Vamos cantar para completar nosso ofertório.

Comunhão - Jesus agora nos chama a fortalecer nosso espírito de coragem para que nesta Semana Santa possamos acompanhá-lo em sua caminhada de dor e possuir a alegria pela vida nova na páscoa que em nós faz morada. Vamos ao seu encontro cantando.

Ação de graças - Que durante a semana possamos estar ainda mais próximos de Nosso Deus, celebrando com Ele todo o seu sacrifício para rememorarmos com alegria a sua páscoa divina . Vamos rezar todos juntos pedindo sempre a intercessão de nossa mãezinha do céu... Ave Maria

Fonte:http://www.catequisar.com.br/texto/missa/layout.htm

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