sábado, 29 de março de 2014

IAM SANTA PAULINA - CINCO MINUTOS COM MARIA PELOS CONTINENTES


 No encontro de hoje, refletimos sobre o mês de Março, a Maria Eduarda quis fazer seu gesto de sacrifício com a moedinha e falamos sobre a Obra da IAM, mês da Quaresma e juntos rezamos os Cinco Minutos com Maria pelos Continentes.







 Um minuto pela África.
Maria, mãe da África protege, socorre e assiste todas as pessoas que sofrem enfermidades, fome, violência de qualquer tipo. Ajuda-os para que vivam em Paz, recuperem suas terras e que possam superar as divisões e incompreensões.
 Deus te salve, Maria, Rainha das Missões roga por nós. Amém



Um minuto pela América
Maria, mãe da America, volta seu olhar, para nossos povos, e em particular pelos que vivem na indigência e são vítimas de injustiças. Converte o coração de cada um para que reconhecendo o amor de teu filho Jesus, o verdadeiro sentido da vida e da história humana, contribuamos para edificar um mundo melhor.
 Deus te salve, Maria, Rainha das Missões roga por nós. Amém.




Um minuto pela Ásia
Maria, mãe da Ásia,  tu que nasceste neste continente interceda por seu povo. Consola aqueles que são perseguidos, por causa da justiça, da verdade de Deus. Desperta os corações para a verdadeira paz, ao diálogo pra que melhore as condições de vida de cada pessoa e anuncie ao mundo a presença do amor de teu filho , nosso Senhor Jesus Cristo.
 Deus te salve, Maria, Rainha das Missões roga por nós. Amém



Um minuto pela Europa
Maria, mãe da Europa, ajuda os países deste continente, a descobrir a beleza de Deus feito homem em teu seio, fortalece a fé de seus habitantes e que o Evangelho volte a iluminar as decisões da vida pessoal e comunitária, de cada povo deste continente. 
 Deus te salve, Maria, Rainha das Missões roga por nós. Amém.



Um minuto pela Oceania
Maria, mãe da  Oceania, faça com que seus habitantes possam até conhecer e viver em plenitude a palavra de Deus, para superar as divisões, a discriminação e viver a Pobreza de suas culturas, não cedendo a sugestões de estilo de vida que nada tema  ver com o Evangelho.
 Deus te salve, Maria, Rainha das Missões roga por nós. Amém




De todas as crianças e adolescentes do mundo, sempre amgios!!!

Homilia do Papa Francisco na Celebração Penitencial


Basílica de São Pedro – Vaticano
Sexta-feira, 28 de março de 2014

Caros irmãos e irmãs,
No período da Quaresma, a Igreja, em nome de Deus, renova o apelo à conversão. É um chamado a mudar de vida. Converter-se não é questão de um momento ou de um período do ano, é um empenho para toda a vida. Quem entre nós pode presumir não ser um pecador? Ninguém. Escreve o Apóstolo João: “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessamos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados  e nos purificar de toda iniquidade”(1 Jo 1,8-9). É o que acontece também nesta celebração e durante toda a jornada penitencial. A Palavra de Deus que ouvimos nos introduz em dois elementos essenciais da vida cristã.
O primeiro: Revestir-nos do homem novo. O homem novo, “criado segundo Deus” (Ef 4,24), nasce no batismo, momento em que se recebe a própria vida de Deus, que nos torna Seus filhos e nos incorpora a Cristo e Sua Igreja. Essa vida nova permite olhar a realidade com outros olhos, sem nos distrair com as coisas que não são importantes e não duram. Por isso, somos chamados a abandonar os comportamentos pecaminosos e fixar o olhar sobre o essencial. “O homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem” (Gaudium et Spes, 35). Eis a diferença entre a vida deformada pelo pecado e a vida iluminada pela graça. Do coração do homem, renovando por Deus, provêm os bons comportamentos: falar sempre com verdade e evitar sempre qualquer mentira; não roubar, mas compartilhar aquilo que possui com os outros, principalmente com quem passa necessidade; não ceder à ira, ao rancor e à vingança, mas ser manso, magnânimo e pronto ao perdão, não ceder à maledicência que corrói a boa fama das pessoas, mas olhar sempre o lado positivo de todos.
O segundo elemento: Permanecer no amor. O amor de Jesus Cristo dura para sempre, não terá jamais fim, porque é a própria vida de Deus. Esse amor vence o pecado e nos dá forças para nos levantarmos e recomeçarmos, porque com o perdão o coração se renova e se revigora. O nosso Pai nunca se cansa de amar, e Seus olhos não se cansam de olhar para a estrada de casa para ver se o filho que se foi e se perdeu está retornando. E esse Pai não se cansa nem mesmo de amar o outro filho que, mesmo permanecendo sempre em casa com ele, todavia,  não é participante de Sua misericórdia , de Sua compaixão. Deus não é somente a origem do amor, mas, em Jesus Cristo, Ele nos chama a imitar o Seu próprio modo de amar: “Como eu vos amei, amai-vos também vós uns aos outros” (Jo 13,34). Na medida em que os cristãos vivem este amor, tornam-se, no mundo, discípulos de credibilidade de Cristo. O amor não pode suportar permanecer fechado em si mesmo. Por sua própria natureza é aberto, difunde-se e é fecundo, gera sempre novo amor.

Caros irmãos e irmãs, após esta celebração, muitos de vós serão missionários para propor aos outros a experiência da reconciliação com Deus. “24 horas para o Senhor” é a iniciativa que tantas dioceses no mundo aderiram. Aos que vocês encontrarem, comuniquem a alegria de receber o perdão do Pai e reencontrar a amizade com Ele. Quem experimenta a Misericórdia Divina é impulsionado a se torna artífice da misericórdia entre os últimos e mais pobres. Nestes “pequenos irmãos” Jesus nos espera (conf. Mt 25,40). Vamos ao encontro d’Ele e celebremos a Páscoa na alegria de Deus !

quarta-feira, 26 de março de 2014

12 passos para implantar a IAM


1. A SEMENTE
Imaginemos uma paróquia, comunidade, colégio ou escola na qual não exista a Infância e Adolescência Missionárias (IAM).
Certo dia aparece um vigário novo, uma irmã, um casal, uma criança ou jovem que ouviu falar ou leu ou tem experiência de vida na IAM. Eles são a sementinha da qual pode surgir a grande árvore desta Obra Missionária.
Toda semente precisa de um tempo de amadurecimento, no qual normalmente fica escondida e sofrida, debaixo da terra. Assim também, quem tem a primeira idéia deverá começar a falar sobre ela com outras pessoas, com os responsáveis da comunidade, com pessoas entrosadas na vida da Igreja local e sensíveis à nova proposta.

2. O TERRENO
De nada adianta ter uma semente, se não possuirmos um terreno onde plantá-la. Tratando-se de Obra Missionária católica, o terreno será a paróquia, a comunidade local, colégios...
O primeiro passo a ser dado para implantar a IAM num lugar é falar com os responsáveis da Igreja local: pároco, líder da comunidade, conselho pastoral... Sem o apoio e a aprovação da liderança da Igreja local, não se deve começar a IAM. No caso de escola ou colégio, é necessária também a aprovação da direção da instituição, e que seja fora do horário de aula.

3. A EQUIPE
A IAM não é obra de uma pessoa. Uma vez colocada a semente e garantido o espaço na Igreja local, é necessário que se forme uma equipe de, pelo menos, três ou quatro pessoas responsáveis, que se disponham a levar em frente este trabalho. Devem ser pessoas com alguma experiência em pastoral, mas não podem estar tão atarefadas, a ponto de não terem tempo para esta nova atividade. Sugerimos que procurem essas pessoas, sobretudo, entre casais e jovens com mais de 15 anos de idade, com uma vida cristã coerente.
Vale a pena procurar pessoas aposentadas, que se identifiquem com o carisma da IAM. Há muitas delas que ficariam felizes, se fossem convidadas para um engajamento. Elas têm várias vantagens: longa experiência no trato com crianças e adolescentes, como pais e avós, professores e professoras, profissionais de saúde e de outras áreas sociais, etc.

4. O PREPARO
Esta “Equipe Fundadora” deverá primeiro estudar a Obra que pretende implantar: história, carisma, diretrizes e orientações, metodologia de trabalho, espiritualidade, objetivos e finalidades.
Tudo isso se consegue lendo os documentos, sobretudo, as Diretrizes e Orientações da IAM (que podem ser encontrados nas Pontifícias Obras Missionárias — POM); visitando grupos e lideranças da IM já experientes; participando de cursos de formação com a orientação do(a) Responsável Diocesano(a) ou Regional da IAM, ou um(a) seu/sua representante.
Esta preparação leva, pelo menos, de dois a três meses.

5. O CONVITE
Quando a Equipe estiver em condições, começará o trabalho de divulgação da Obra. Trata-se de um momento bastante delicado. Queremos formar grupos de missionários, ou seja, de crianças e/ou adolescentes que, supõe-se, possuam conhecimento da fé de acordo com a sua idade. O convite, portanto, deve se estender a todas as crianças e/ou adolescentes da paróquia, da escola ou da comunidade. Campos privilegiados para lançar o chamado são: as famílias engajadas na vida da paróquia ou comunidade, as turmas da catequese e escolas onde existe um bom trabalho de Ensino Religioso Escolar (ERE). 

6. A SELEÇÃO
O convite para participar do grupo da Infância ou da Adolescência Missionária não deve ser fruto de uma “campanha publicitária” massiva, como se tratasse de “vender” um produto barato. Pelo contrário, deve apresentar a crianças e adolescentes a seriedade do compromisso que estão assumindo. Oração, sacrifício e solidariedade (S.O.S.), sem limites geográficos, culturais, religiosos, raciais e políticos: estas são as características da IAM. Aderir à IAM significa renunciar ao comodismo, ao consumismo, à alienação diante dos grandes problemas da humanidade.
A Equipe que fizer o convite precisa ser muito clara na sua proposta: disponibilidade para uma reunião semanal com o grupo, tarefas a serem desenvolvidas durante a semana, vida de grupo, participação nas atividades da paróquia e comunidade... 

7. O GRUPO
As crianças e adolescentes que aceitarem a proposta deverão ser organizados em grupos de 12 crianças e/ou adolescentes, ou conforme a realidade local, em que cada grupo seja acompanhado por um assessor ou assessora adulta ou jovem a partir de 15 anos. A formação dos grupos pode respeitar os laços de amizade existentes. Evitando correr o risco de grupos fechados e excludentes.
Lembrete: Na formação de grupos, levar em consideração a faixa etária das crianças e adolescentes.

8. A METODOLOGIA
A Infância e Adolescência Missionária têm um método de trabalho e de formação próprio, chamado de Quatro Áreas Integradas. Isto significa que cada tema, cada assunto, é trabalhado em quatro perspectivas diferentes, porém integrados, que interagem:
- realidade missionária;
- espiritualidade missionária;
- compromisso missionário;
- vida de grupo.
É importante acrescentar que a perspectiva, em todos os momentos da vida da IAM, deve ser missionário-além-fronteiras, ou seja, deve alimentar-se e crescer na solidariedade espiritual e material com todos os povos do mundo. Na paróquia, na escola, na comunidade, na vida social... os membros da IAM devem tornar presente o mundo inteiro, com suas alegrias, dores e esperanças.
Esta dimensão, voltada para o outro, deve repercutir na espiritualidade dos membros da IAM: uma espiritualidade “samaritana”, que os aproxima dos caídos à beira do caminho, prestando-lhes socorro, derramando sobre eles o óleo da caridade e o vinho da Palavra, acompanhando sua recuperação, fazendo-se realmente próximos, como Jesus se fez próximo de nós e nos deixou o recado missionário: “Vão e façam a mesma coisa!”.
Neste sentido, a escolha das orações, dos cantos, das leituras bíblicas, dos modelos de vida... tudo deve ser coerente com a opção missionária feita. 

9. A ORGANIZAÇÃO
Nos primeiros meses, o grupo das crianças ou dos adolescentes missionários deverá ser orientado pelo Assessor(a), que preparará seus membros para caminharem sozinhos.
Na primeira reunião, após o período de orientação, as crianças ou adolescentes farão a escolha para preencher as funções necessárias ao bom funcionamento do grupo: coordenador(a), vice-coordenador(a), secretário(a), tesoureiro(a), responsável pela oração, encarregados das várias funções. É bom que todos os membros do grupo tenham sua função.
A partir do momento da escolha, o grupo tem vida própria. O assessor(a) continua acompanhando o grupo, preparando os encontros junto com o coordenador ou coordenadora, resolvendo possíveis conflitos ou dúvidas, e garantindo a fidelidade ao carisma da IAM: mas não dirigem o grupo.
Lembrete: A Coordenação têm a duração de um ano, podendo haver reeleição por mais um ano. Caso seja necessário, o coordenador(a) poderá ser mudado em qualquer momento.

10. A FORMAÇÃO DOS COORDENADORES
Crianças e adolescentes não nascem prontos, para dirigir o grupo. Precisam de preparação. Isto será feito pessoalmente pelo assessor(a). Mas também cada ano a paróquia ou um grupo de paróquias organizará um Encontro de Líderes Missionários (ELMI), com o objetivo de capacitar crianças e adolescentes a exercer a função de coordenadores(as) dos diversos grupos.
O ELMI, portanto, não é um encontro de palestras, mas uma oficina de capacitação, na qual deve prevalecer o estudo de dinâmicas de grupos, de técnicas de trabalho que estimulem o protagonismo de cada membro do grupo, que ensinem a respeitar as diferenças, sem renunciar ao trabalho de conjunto.
Para obter bons resultados, os participantes do ELMI não devem superar o número de 25-30 pessoas, e o encontro terá a duração de dois dias, corridos ou em duas datas diferentes, próximas uma da outra.
É aconselhável fazer um ELMI para coordenadores(as) dos grupos de crianças e outro para adolescentes.

11. A FORMAÇÃO PERMANENTE DOS ASSESSORES
Os/As Assessores(as) são a alma da IAM. Deles depende em muito a perseverança das crianças e adolescentes, a fidelidade ao carisma da Obra, o trabalho de conjunto com as pastorais da Igreja local, a abertura aos problemas do mundo e a atenção aos acontecimentos que merecem o engajamento das crianças e adolescentes.
Para isso também os assessores(as) precisam cuidar muito da sua formação permanente. Como programa ideal sugerimos — além do estudo pessoal de livros e revistas missionárias — um EFAIAM (Encontro de Formação para Assessores(as) da IAM) cada ano e encontros periódicos de meio dia para estudo de um tema específico, conforme as necessidades e calendário preparado anualmente com a coordenação paroquial da IAM.
É recomendável — e diríamos, quase necessário — participar dos encontros e cursos de formação para os catequistas, de cursos bíblicos e de outras atividades formadoras oferecidas pela Igreja local. Também sugerimos que nos Encontros de Formação dos Assessores(as) da IAM sejam convidados os catequistas e professores de Ensino Religioso Escolar com quem queremos fazer uma caminhada de conjunto.

12. TRANSBORDAR
A IAM deve estar aberta, para ser multiplicadora do ideal missionário no meio do Povo de Deus. Mesmo tendo como carisma a atenção para o que existe além-fronteiras, não descuida das necessidades locais, com preferência pelas situações missionárias que existem dentro da paróquia e comunidade.
Há categorias de pessoas, situações sociais e humanas que ficam além das fronteiras das pastorais normais ou dos cuidados de seus agentes. A IAM deveria ser a Obra que assume as tarefas que ninguém quer enfrentar, porque perigosas, difíceis, esquecidas.
Por isso os Assessores(as) da IAM precisam ter um relacionamento de aliados com as pessoas, grupos, instituições, mesmo não-eclesiais, que cuidam de crianças e adolescentes em situações de risco ou mesmo já vítimas da sociedade. Devem, portanto, cuidar de colaborar firmemente com o Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho de Saúde, de Educação, da Merenda Escolar, Pastoral da Criança, etc.
Ser missionário(a) significa ignorar os confins, ir além. Este é nosso carisma.

Dinâmica : O trem



Todos fazem um trenzinho e saem cantando:
Eu vou viajar de trem
E você vai também
É só comprar
Uma passagem pra Jerusalém
Uma Passagem pra Jerusalém

Parou (o primeiro do trem). Parou (todos)
Mãozinha pra frente (1°). Mãozinha pra frente (Todos).  Mais pra frente (1°). Mais pra frente (Todos)
TchuTchuTcha TchuTchuTcha TchuTchuTchaTcha (requebrando e levantando as mãos)


Eu vou viajar de trem
E você vai também
É só comprar
Uma passagem pra Jerusalém
Uma Passagem pra Jerusalém
Parou (o primeiro do trem). Parou (todos)
Mãozinha pra frente (1°). Mãozinha pra frente (Todos).  Mais pra frente (1°). Mais pra frente (Todos)
Polegar pra cima. Polegar pra cima. Mais pra cima. Mais pra cima
TchuTchuTcha TchuTchuTcha TchuTchuTchaTcha (requebrando e levantando as mãos)

·         Cutuvelo Grudado
·         Pezinho de pingüim
·         Joelinho dobrado
·         Ombrinho Levantado
·         Bundinha Impinada
·         Pescoçinho Torto
·         Olhinho vesgo
·         Linguinha pra fora

ELMA DIOCESE DE JOINVILLE

Nos sábados deste mês a tarde das 14:00 às 17:30 está acontecendo o ELMA (Encontro de Líderes Missionários Adolescentes). De todos os adolescentes do mundo sempre amigos.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2014


Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8,9)

Queridos irmãos e irmãs!
Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: « Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza » (2 Cor 8,9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?
1. A graça de Cristo
Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: « sendo rico, Se fez pobre por vós ». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, « esvaziou-Se », para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2,7; Heb 4,15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez connosco. Na realidade, Jesus « trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado » (ConC. ECum. Vat. II, Const. past. Gaudium et spes, 22).
A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – « para vos enriquecer com a sua pobreza ». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Baptista para O baptizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a « insondável riqueza de Cristo » (Ef 3,8), « herdeiro de todas as coisas » (Heb 1,2).
Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10,25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu « jugo suave » (cf. Mt 11,30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua « rica pobreza » e « pobre riqueza », a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf. Rm 8,29).
Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.
2. O nosso testemunho
Poderíamos pensar que este « caminho » da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d’Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.
À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.
Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína económica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.
O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.
Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.
Fonte: Vaticano

Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser « tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo » (2 Cor 6,10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

domingo, 2 de março de 2014

EFAIAM JOINVILLE -SC

Aconteceu neste fim de semana do dia  28/02 a 02/03 o EFAIAM (Encontro de Formação para Assessores da Infância e Adolescência Missionária),foi um momento de bastante aprendizado, diversão, oração e escuta. Por fim os assessores foram enviados como discípulos e missionários, seguindo os passos do Mestre e Senhor Jesus, missionário por excelência.De todas as crianças e adolescentes do mundo sempre amigos!