sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Natal, a criança e a sociedade



O Natal é também festa da criança. Jesus fez a experiência de ser criança pobre, na periferia, com submissão aos pais, crescendo em idade, sabedoria e graça numa família. Deus veio ao mundo não como guerreiro, nem como rei ou imperador. Escolheu o caminho da família, acolhemos o Menino Jesus.
Benditos são as casais estéreis que tudo fazem para engravidar. Reconhecidos e agradecidos sejam todos que praticam a adoção de adultos e crianças. Bem-aventurados os que não impedem a criança de nascer e respeitam este direito fundamental dos nascituros. Nossa gratidão se estenda à Pastoral da Criança, do Menor, dos Coroinhas, da Infância Missionária, do Apoio às Gestantes, da Primeira Eucaristia.
Hoje, o mundo nos surpreende com a diminuição de nascimentos e a “síndrome do filho único”. As famílias estão tendo menos filhos. Todos fomos enganados pelo mercado e pelo consumismo. A criança se tornou um sinal dos tempos”. De um lado, vemos as crianças-soldado, aprendendo manusear o fuzil, de outro lado o inseparável celular se tornou um ídolo perigoso. Cria a dependência doentia das crianças. Criança precisa de precisa de presença e não só de presentes.
O menino encontrado morto numa praia da Turquia chocou o mundo inteiro. Qual será o futuro das crianças migrantes? O Papa Francisco fala da “via-sacra dolorosa” das crianças: pedofilia, tráfico, trabalho escravo, agressão. O mundo civilizado ainda repete a crueldade de Herodes. As crianças são vitimas dos adultos, do sistema econômico, das guerras e de um mundo sem coração, sem vergonha, sem compaixão, sem Deus.
Uma sociedade é julgada pelo modo como tratas as crianças. Toda criança nasce para tornar o mundo melhor, para enriquecer o encontro das gerações, para ser um bem da família, da comunidade e do mundo. Uma sociedade sem criança é doentia, triste e cinzenta, diz o Papa Francisco. Estamos pagando muito caro pela adesão à mentalidade anti-natalista. Sem esquecer que o filho único não é a melhor solução, assim dizem os psicólogos e estudiosos.
Criança quer dizer vida, esperança, futuro, alegria. Ela é memória de um amor que a gerou. Um adulto não entra no reino de Deus se não tiver um coração de criança. Não proibamos as crianças de nascer, de conhecer Jesus, de ser carregadas ao colo, de receber o leite materno, de ter irmãozinhos. “Deixai vir a mim as criancinhas” ordenou Jesus.
Ele nos ensina que os anjos das crianças contemplam o rosto do Pai que está nos céus. O melhor que podemos dar às crianças é o carinho, a disciplina, a fé, a educação, a presença e o amor. Cresce saudável a criança que percebe o amor entre o pai e a mãe. Não esqueçamos que a vida intrauterina e a infância são as etapas que mais marcam nossas vidas. Que seja também curada a criança ferida que mora dentro de cada um de nós.
O Natal é uma excelente chance de evangelização das crianças através do presépio e do Menino Jesus. Papai Noel é para o mercado, o Menino Jesus nasceu pobre, humilde e na periferia. Ele é o centro e a estrela do Natal. Filho de Deus está entre nós. Veio por intermédio da família se fez feto, embrião, nascituro, criança.
O tempo do Advento simboliza o tempo da gestação de Jesus no seio de Maria. Sejam acompanhadas, ajudadas, abençoadas as mães grávidas. Natal é a festa da vida, é o aniversário natalício de Jesus em Belém, o salvador do mundo. É hora de renascer, de começar sempre de novo, de refazer nossa vida. A infância espiritual é sinal da maturidade da fé. Entendemos por infância espiritual a humildade, o desapego, a pobreza evangélica, a pureza do coração.
Tornar-se pequeno como uma criança é a exigência central do reino de Deus. Trata-se de abdicar do poder, da arrogância, da fama, das aparências, dos interesses egoístas. Ser como criança que dizer antes de tudo humildade da qual brotam atitudes de descentralização, desapego, pobreza evangélica. Longe de nós a mentalidade de privilégio, autoritarismo, exclusão, dominação. A manjedoura de Jesus abalou o trono de Herodes. Herodes caiu, Jesus permanece.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
                                                       
Orlando Brandes

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Ano da Misericórdia: entenda o significado e como receber indulgências

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Ano da Santo da Misericórdia já está se aproximando: a abertura acontecerá no próximo dia 8 de dezembro, na Solenidade da Imaculada Conceição. E para entender melhor o que significa este ano jubilar e como bem viver, seguem abaixo as orientações, como praticar as obras de misericórdia e receber indulgências.
Outra dica também para os jovens é se aprofundar na mensagem do Papa Francisco para a XXXI Jornada Mundial da Juventude 2016, a ser realizada de 25 a 31 de julho, em Cracóvia (Polônia). O tema da JMJ se insere no contexto do Ano da Misericórdia e este texto do Santo Padre orienta ainda os jovens a como se preparar para o grande encontro mundial.
O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização preparou também um site com todas as informações e notícias sobre o ano jubilar. Acesse AQUI.
O que é o Ano Santo?
O Papa Francisco anunciou o Jubileu do Ano Santo da Misericórdia por meio da Bula de Proclamação Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericórdia). O Jubileu inicia em 08 de dezembro de 2015 e se concluirá no dia 20 de novembro de 2016, com a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo.
A celebração do Jubileu se origina no judaísmo. Consistia em uma comemoração de um ano sabático que tinha um significado especial. A festa se realizava a cada 50 anos. Durante o ano os escravos eram libertados, restituíam-se as propriedades às pessoas que as haviam perdido, perdoavam-se as dívidas, as terras deviam permanecer sem cultivar e se descansava. Era um ano de reconciliação geral. Na Bíblia, encontramos algumas passagens dessa celebração judaica (cf. Lv 25,8).
O que significa Jubileu?
A palavra Jubileu se inspira no termo hebreu de yobel, que se refere ao chifre do cordeiro que servia como instrumento musical. Jubileu, também tem uma raiz latina, iubilum que representa um grito de alegria. Na tradição católica, o Jubileu consiste em que durante um ano se concedem indulgências aos fiéis que cumprem certas disposições estabelecidas pelo Papa. O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário. A celebração do Ano Santo Ordinário acontece em um intervalo a cada 25 anos, com o objetivo de que cada geração experimente pelo menos uma em sua vida. Já o Ano Santo Extraordinário se proclama como celebração de um fato destacado. O Jubileu proclamado pelo Papa Francisco é um Ano Santo Extraordinário. É um convite para que, de maneira mais intensa, fixemos o olhar na Misericórdia do Pai.
Por que abrir uma porta no Ano Santo?
A Porta Santa, na Basílica de São Pedro, em Roma, só se abre durante um Ano Santo e significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação. Na cerimônia de abertura, o Papa toca a porta com um martelo 3 vezes enquanto diz: “Abram-me as portas da justiça; entrando por elas confessarei ao Senhor”. Depois de aberta, entoa-se um canto de Ação de Graças e o Papa atravessa esta porta com seus colaboradores.
O que fazer nesse ano?
Na Bula Misericordiae Vultus, o Papa Francisco sugere algumas iniciativas que podem ser vividas em diferentes etapas:
  • Realizar peregrinações;
  • Praticar as obras de misericórdia;
  • Intensificar a oração;
  • Passar pela Porta Santa em Roma ou na Diocese;
  • Perdoar a todos;
  • Buscar o Sacramento da Reconciliação;
  • Superar a corrupção;
  • Receber a indulgência;
  • Participar da Eucaristia;
  • Fortalecer o ecumenismo;
  • Converter-se.
O que é a indulgência?
Indulgência é a remissão diante de Deus da pena devida aos pecados, cuja culpa já foi perdoada. Cada vez que alguém se arrepende e se confessa, é perdoado a culpa dos pecados cometidos, mas não a pena. Por exemplo, se alguém mata uma pessoa e se arrepende, depois pede perdão e procura o Sacramento da Penitência, receberá o perdão. Contudo, como repassar o mal cometido que tirou a vida de alguém? Por isso permanece uma pena após o perdão. Essa situação pode ter um indulto, uma indulgência, que a Igreja oferece em certas condições especiais e quando o fiel está bem disposto a buscar a santidade de vida, aproximando-se cada vez mais de Deus. A Igreja pode oferecer a indulgência pelos méritos de Cristo, de Maria e dos santos que sempre participam da obra da salvação. Sobre isso, escreveu o Papa Francisco: “No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanecem. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado” (Misericordiae Vultus, 22).
Como receber a indulgência?
Para receber a indulgência todos são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo Bispo diocesano, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. É importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à Celebração da Eucaristia com uma reflexão sobre a Misericórdia. Será necessário acompanhar essas celebrações com a profissão de fé e com a oração pelo Papa, para o bem da Igreja e do mundo inteiro.
Há indulgências para os falecidos?
A indulgência pode ser obtida também para os que faleceram. A eles estamos unidos pelo testemunho de fé e caridade que nos deixaram. Assim como os recordamos na Celebração Eucarística, também podemos, no grande mistério da Comunhão dos Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e possa abraça-los na felicidade sem fim.
E os doentes e idosos?
Para eles será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor que no mistério da sua paixão, morte e ressurreição indica o caminho para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança este momento de provocação, recebendo a comunhão ou participando na Celebração Eucarística e na oração comunitária, inclusive através dos vários meios de comunicação, será, para eles, o modo de obter a indulgência jubilar.
As obras de misericórdia
A experiência da misericórdia torna-se visível pelo testemunho concreto. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente, obterá a indulgência jubilar.
Obras corporais
  1. Dar de comer aos famintos;
  2. Dar de beber aos que tem sede;
  3. Vestir os nus;
  4. Acolher o estrangeiro;
  5. Visitar os enfermos;
  6. Visitar os encarcerados;
  7. Sepultar os mortos.
Obras espirituais
  1. Aconselhar os duvidosos;
  2. Ensinar os ignorantes;
  3. Admoestar os pecadores;
  4. Consolar os aflitos;
  5. Perdoar as ofensas;
  6. Suportar com paciência as injustiças;
  7. Rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos.
Com informações do Jubileu da Misericórdia da Arquidiocese de Porto Alegre
Fonte: http://www.jovensconectados.org.br/ano-da-misericordia-entenda-o-significado-e-como-receber-indulgencias.html

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Celebração de ação de graças

Motivação:
O Dia de Ação de Graças é um momento especial para agradecer por todas as maravilhas que nos cercam (Ts 5, 16-18), pela grande dádiva da vida, pela grandiosidade do universo e belezas da natureza, por todos os talentos e dons presenteados à humanidade (Sl 117). Dia em que todos devem fazer uma pausa em seus afazeres, independente de sua fé e crenças, e refletir, agradecer a Deus por todos os bens recebidos: a saúde, o amor, a pátria, o trabalho, a família, pelo conforto e auxílio nas dificuldades cotidianas.
Preparando o ambiente:
Todo o grupo precisa estar envolvido pelo espírito de ação de graças, animado para o louvor e a gratidão a Deus.
Utilizando flores e panos coloridos; imagens e cartazes que expressem ação de graças; frases e mensagens de agradecimento e louvor; velas e outros ornamentos; objetos, símbolos que ajudem a criar um ambiente celebrativo próprio.
Todos em círculo ao redor de um altar ou sentados no chão.
Música instrumental que propicie a mística espiritual desejada.
No centro, fotos de momentos marcantes das pessoas do grupo que vivenciam a celebração, de paisagens da natureza, pessoas felizes e fatos difíceis, obras fantásticas da humanidade, figuras que demonstram as maravilhas da ciência moderna, famílias e tudo o que mereça agradecimento.
O animador inicia a celebração contextualizando-a e motivando o louvor a Deus Criador, Pai de toda humanidade, amoroso com seus filhos, consolo e abrigo certo a todos os que sofrem, do qual tudo provém, origem dos dons e talentos presenteados amorosamente.
Convida-se os participantes à leitura alternada do “Louvor das criaturas ao Senhor”. Então todos devem circular pelo ambiente e escolher dois ou três motivos especiais de agradecimento que serão partilhados com o grande grupo de forma que todos louvem a Deus, ressaltando sua bondade em suas vidas. Escreve-se e lê a mensagem.
Após a partilha, termina-se a celebração com um canto que leve o grupo a expressar a alegria de viver, de juntos formarem uma família de irmãos e amigos.
Silvio Luiz Wolitz de Almeida Junior

Celebração publicada no jornal Mundo Jovem - edição 342 - novembro/2003.

Louvor das Criaturas

Louvor das Criaturas
(Profeta Daniel 3,57-90)
- Obras do Senhor, bendizei o Senhor,
louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
- Céus do Senhor; bendizei o Senhor!
Anjos do Senhor, bendizei o Senhor!
- Águas do alto céu, bendizei o Senhor!
Potências do Senhor, bendizei o Senhor!
- Lua e sol, bendizei o Senhor!
Astros e estrelas, bendizei o Senhor!
- Chuvas e orvalhos, bendizei Senhor!
Brisas e ventos, bendizei o Senhor!
- Fogo e calor, bendizei o Senhor!
Frio e ardor, bendizei o Senhor!
- Orvalhos e garoas, bendizei o Senhor!
Geada e frio, bendizei o Senhor!
- Gelos e neves, bendizei o Senhor!
Noites e dias, bendizei o Senhor!
- Luzes e trevas, bendizei o Senhor!
Raios e nuvens, bendizei o Senhor!
- Ilhas e terra, bendizei o Senhor!
Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
- Montes e colinas, bendizei o Senhor!
Plantas da terra, bendizei o Senhor!
- Mares e rios, bendizei o Senhor!
Fontes e nascentes, bendizei o Senhor!
- Baleias e peixes, bendizei o Senhor!
Pássaros do céu, bendizei o Senhor!
- Feras e rebanhos, bendizei o Senhor!
Filhos dos homens, bendizei o Senhor!
- Filhos de Israel, bendizei o Senhor!
Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
- Sacerdotes do Senhor, bendizei o Senhor!
Servos do Senhor, bendizei o Senhor!
-Almas dos justos, bendizei o Senhor!
Santos e humildes, bendizei o Senhor!
- Jovens Misael, Ananias e Azarias,
Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
- Ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo
louvemos e exaltemos pelos séculos sem fim!
- Bendito sois, Senhor, no firmamento dos céus!
Sois digno de louvor e de glória eternamente!

Fonte: http://www.mundojovem.com.br/datas-comemorativas/dia-de-acao-de-gracas/louvor-das-criaturas?dt=1

terça-feira, 24 de novembro de 2015

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A Pedagogia Do Natal

Os pais ou as pessoas que têm a cargo crianças, são geralmente as influências mais importantes no desenvolvimento espiritual das crianças. Isto representa tanto uma responsabilidade como uma oportunidade.
       Com respeito à responsabilidade, os pais têm a atribuição dada por Deus de ensinar os seus filhos acerca de Deus e do Seu amor (Dt 4,10;6,7). Relativamente à oportunidade, as crianças pequenas tendem a ver os seus pais como "se fossem deuses" em autoridade e credibilidade.
        Os pais podem capitalizar esta janela de oportunidade, pois ela pode permanecer aberta só por poucos anos. Os pais inteligentes são portanto oportunistas, porque capitalizam os momentos que podem ser de ensino nas vidas das suas crianças. Um desses momentos aproxima-se em cada dezembro, porque o Natal domina a comunidade, a escola e a família, para a maioria das pessoas.
           Ainda que possamos ensinar contra o consumismo em grande parte destas celebrações natalinas, também podemos tirar vantagem desta oportunidade anual para ajudar as crianças a aprenderem acerca do milagre do nascimento de Jesus. Ainda que não saibamos com certeza qual o dia do nascimento de Cristo, os extensos relatos bíblicos do Seu nascimento convidam a nossa celebração e adoração focalizada em "A data do nascimento de Jesus".
           Na verdade o nascimento de Jesus é talvez o maior dos milagres de Deus, porque através do Seu nascimento, Deus utilizou carne humana para poder converter-se em Emanuel - Deus connosco. Deus a ser um de nós; Deus veio salvar-nos. Glória a Deus nas alturas !
            A mensagem bíblica do Natal, apresentada apropriadamente, capta a imaginação e o coração das crianças em todos os lugares. Pensemos sobre isso; Deus escolheu entrar no nosso mundo no corpo de um bebé - Jesus - plenamente o Eterno Filho de Deus e não obstante, um autêntico bebé humano !
            Porque veio Deus desta maneira é parte do mistério de Cristo. Ao vir como um bebé, Deus identificou-se plenamente com a nossa débil condição, compartilhando a nossa experiência, incluindo todo o nosso sofrimento. Que maneira tão poderosa de mostrar às crianças que Deus os ama. Ele foi um menino também uma vez, assim como eles são. O menino Cristo cresceu, tornou-se homem, morreu e foi ressuscitado para que eles possam estar com Ele e compartilhar o seu amor para sempre.
            O Natal oferece aos pais e aos que colaboram nos trabalhos infantis uma maravilhosa oportunidade de compartilhar com Jesus. Isto pode ser feito representando as histórias do nascimento de Jesus - o Seu nascimento num estábulo, a visita dos pastores e a visita final dos magos. Muitas crianças deleitam-se quando participam nestas representações dramáticas. Também se transformam em poderosos eventos de alcance pastoral. No lar, as decorações de Natal podem servir como ocasiões de ensino para as crianças. Uma árvore de Natal pode ser uma ilustração cativante de que Jesus é vida eterna. As luzes da árvore ilustram que Jesus é a luz do mundo. A troca de presentes pode usar-se para dizer ás crianças que o maior presente de Deus é o Seu Filho que veio ao mundo envolto em fraldas. O presépio sobre a mesa, pode usar-se para ilustrar a história completa do Natal.
             A minha sugestão encorajadora para os pais e agentes de pastoral é esta: usem o Natal como um poderoso momento de ensino como deve ser. Ensinem acerca de Jesus, em particular, o milagre do Seu nascimento. Não deixem passar esta grande oportunidade.
             Ajudem as vossas crianças a conhecerem os simples fatos do nascimento de Jesus, lendo-lhes o relato do Natal que procede dos livros de histórias da Bíblia, ou de uma versão da Bíblia fácil de entender.
              Participem como família de todas as celebrações do tempo natalino em sua paróquia e escutem o evangelho cantando juntos os cânticos de Natal. Visite a sua livraria católica e escolha livros ou vídeos sobre o "bebé Jesus", que sejam atrativos para as suas crianças.
               Ajude a sua criança a compreender que Jesus é o maior presente do amor de Deus. Evite (tanto quanto possível) o ocupado bulício do dia festivo que faz com que a criança pequena se sinta ignorada. Em vez disso, concentre-se em preparar-se para a celebração do nascimento de Cristo numa forma espiritual, rezando juntos e celebrando a temporada do Advento.
               Ajude as suas crianças a expressarem gozo, emoção e sentimentos de amor ensinando-as a fazerem decorações, comidas, prendas e cartões natalícios para os membros da família e amigos. Mantenha claro o significado do Natal durante a temporada festiva comentando com frequência: "O Natal é um tempo alegre porque celebra o nascimento de Jesus".
                Explique que as lendas sobre o Papai Noel baseiam-se em São Nicolau, um ministro cristão que existiu realmente, que amava Deus e dava generosamente aos pobres.
                Quando as suas crianças querem falar sobre o Papai Noel, escute-as com atenção. Depois conduza o diálogo até Jesus e ao Seu nascimento. Evite a frase: Que queres que o Papai Noel te traga para o Natal ? e "porta-te bem para que o Papai Noel te traga uma prenda".
                 Na presença das suas crianças, agradeça a Deus por Jesus e mostre alegria enquanto canta canções de Natal.
                 Aprenda as canções Natalícias que o seu filho ou filha canta na IAM ou catequese, para que também os possam cantar juntos em casa. E como compromisso missionário faça com que a criança confronte com outras realidades do mundo percebendo que existem muitas crianças que não sabem qual é o verdadeiro sentido do natal. Que tal motivarmos a doação de brinquedos, alimentos ou roupas para crianças que são menos favorecidas?

“De todas as crianças e adolescentes do mundo, sempre amigos”!

*por Pe. André Luiz de Negreiros, Secretário Nacional da Pontifícia Obra da IAM


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

As Velas do Advento


Liturgicamente, o tempo do Advento (do latim adventus = chegada) corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal. As quatro velas representam essas quatro semanas e serão acesas, uma a uma, desde o primeiro domingo do Advento até o quarto domingo, sucessivamente. Via de regra as cores das velas devem corresponder à cor do tempo litúrgico - roxa -, diferenciando-se a terceira vela - rosa - como alegre preparação para a vinda do Senhor.
                                                Neste sentido, relembramos que as vestes litúrgicas devem ser de cor roxa,  como sinal de nossa conversão em preparação para o Natal, com exceção do terceiro domingo, onde o rosa substitui o roxo, revelando o Domingo da Alegria (ou Domingo Gaudette).  O Advento deve ser tempo de celebração onde a sobriedade e a moderação são características peculiares da liturgia, evitando-se antecipar a plena alegria da festa do Natal de Jesus. Por isso, neste período não se entoa o "Glória" e nossos passos, nesse recolhimento, seguem em direção ao sublime momento do nascimento de Jesus.

AS QUATRO VELAS

Rito - Na celebração eucarística, um pequeno rito pode ser colocado no início da celebração, liturgia da palavra ou qualquer outro momento conforme o designar o celebrante. O acender das velas, normalmente é aberto com a bênção das velas, canto e oração própria.  Seria também muito próprio fazer, em nossas casas,  uma breve oração e acendimento das velas nos Domingos que antecedem o natal.

1º Domingo do Advento - Acende-se a  PRIMEIRA VELA
  A luz nascente nos conclama a refletir e aprofundar a proximidade do Natal,  onde Cristo, Salvador e Luz do mundo brilhará para a  humanidade. Lembra ainda o perdão concedido a Adão e Eva. A cor roxa nos recorda  nossa atitude de vigilância diante da abertura e espera do Senhor que virá.
Oração:
A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da  alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!

2º Domingo do Advento - Acende-se a  SEGUNDA VELA
 A segunda vela acesa nos convida ao desejo de conversão, arrependimento dos nossos pecados e também o compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá.  Esta vela lembra ainda a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos.
Oração:
A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da  alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!



3º Domingo do Advento - Acende-se a  TERCEIRA VELA (Rosa)
 A terceira vela acesa nos convida à alegria e ao júbilo pela aproximação da chegada de Jesus.  A cor litúrgica de hoje, o rosa,  indica justamente o Domingo da Alegria, ou o Domingo Gaudette,  onde transborda nosso coração de alegria pela proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria.
Oração:
Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto"





4º Domingo do Advento - Acende-se a  QUARTA VELA
  A quarta vela marca os passos de preparação para acolher o Salvador,  nossa expectativa da chegada definitiva da Luz ao mundo. Simboliza ainda nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vêm a este mundo e  também os ensinamentos dos profetas, que anunciaram a chegada do Salvador.  
Oração:
Céus, deixai cair o orvalho, nuvens, chovei o justo;  abra-se a terra, e brote o Salvador!

Fonte: oriente.com

O Presépio

A arte da montagen do presépio nasceu em 1224, na cidade italiana de Greccio, onde São Francisco de Assis teve a feliz iniciativa de encenar com os moradores locais o nascimento de Jesus, tal como estava descrito nos Evangelhos. Na noite de Natal, ele preparou a manjedoura com palha de feno numa gruta nos arredores da cidade e reuniu em torno dela populares representando a Sagrada Família e os três Reis Magos. Acomodou ao lado deles um burrinho e um boi e convidou as pessoas a irem visitar o local, em oração.
A iniciativa fez tanto sucesso, que inspirou a difusão da imagem do presépio pelo mundo cristão, chegando ao Brasil, no século 16, através do frade Gaspar de Santo Agostinho









Fonte: internet

Missa e celebração da Palavra com crianças- formação




A celebração Eucarística é, por excelência, a mais completa forma de celebrar fé e vida. Se toda a liturgia é fonte de chegada e ponto de partida muito mais pode se dizer da missa. Nela, com Cristo, por Cristo e em Cristo, damos graças ao Pai pela presença amorosa e libertadora em nossa história e nos fortalecemos em nossa longa caminhada da vida.


Diretório para a missa com grupos populares, antigo documento da CNBB, onde podemos ler o seguinte: Os catequistas devem se empenhar nessa tarefa, a fim de que as crianças, conscientes de um certo sentido de Deus e das coisas divinas, experimentem, segundo a idade e o progresso pessoal, os valores inseridos na celebração eucarística, tais como: ação comunitária, acolhimento, capacidade de ouvir, bem como a de pedir perdão, ação de graças, percepção da ação simbólicas, das convivências fraternas e da celebração festiva".


Para este público que é tão amado por Deus devemos ter esmero, cuidado e dedicação que leve estes "pequenos " cristãos a conhecer e amar de fato Jesus, o amado de nossas almas.


Outro ponto importante que este documento nos traz é a necessidade de se fazer uma catequese litúrgica onde a criança vai aprender na catequese o que vai vivenciar na missa: "embora, a própria liturgia, por si só ofereça às crianças amplas oportunidades de aprender, a catequese da missa merece um lugar de destaque dentro da catequese, conduzindo-as a uma participação ativa ,consciente e genuína".




O que levar em consideração na preparação da missa e na celebração da Palavra com criança


Linguagem apropriada-
A linguagem usada na missa deverá levar em conta as crianças, ainda que adultos participem da missa, no entanto não quer dizer que devemos adotar uma linguagem demais infantilizada, reduzido a conceitos e imagens por demais enfandonhos, superficiais, esvaziando, assim, os conteúdos teológicos e espirituais da liturgia. As leituras seguem seguem as traduções do lecionário, o que não impede que uma palavra ou outra seja substituida sem comprometer o texto. Quanto a oração eucarística, há no missal orações apropriadas para a missa com crianças. A missa é com crianças não para crianças, por isso devemos facilitar a participação das mesmas na celebração.


Carisma do animador e presidente da celebração- O serviço da presidência e animação da missa têm grande importância dentro da celebração da missa com crianças. Animar significa "colocar a alma", tornar a celebração sempre viva e dinâmica, facilitar a participação das crianças. Cabe o animador juntamente com o presidente da celebração conduzir as crianças à escuta atenta da Palavra de Deus, à participação nos cantos e gestos propostos para a celebração e valorização do silêncio sagrado.
O animador não deve ser um mero "narrador " dos acontecimentos, como quem transmite o jogo de futebol. Evite comentários desnecessários e explicações, que tornam a celebração muito discursiva e pouca orante. Atenha-se a convidar para a oração, fazendo pequenas monições e chamando atenção apenas para alguns fatos relevantes da celebração. A postura orante do animador é um referencial para a assembléia celebrante.
Quanto ao presidente da celebração, esse deve esforçar-se para para aproximar das crianças na linguagem e no afeto. É importante que ele não esqueça que seu ministério litúrgico é central na liturgia e dele depende o bom andamento da missa.


Os variados ministérios litúrgicos- sempre que possível estes ministérios devem ficar a cargo da própria criança, exceto aqueles que são próprios de adultos, como o ministério Extraordinário da Comunhão Eucarístico. As crianças devem ser educadas para a proclamação da Palavra. Devemos ensinar questões básicas de postura, uso do microfone, comunicação com a assembléiae, sobretudo, amor à Palavra que proclamam. Outro ministério fundamental é o da música. Seria de muito valor que se organizassem grupos de crianças que cantassem músicas compostas e gravadas especificamente para crianças que tenham linguagem apropriadas e melodias simples. Outro ministério que deve ser confiados às crianças é o da acolhida, distribuição de folhetos, participação nas procissões. O objetivo é envolvê-las nas celebrações para ajudá-la a entender, desde cedo, que a missa será proveitosa quanto mais pessoas participarem de forma consciente, ativo e piedoso.


Gestos e simbolos na celebração
- O gesto feito com amor é uma oração. O gesto é um importante elemento para oração e expressão de dimensões fundamentais da liturgia: louvor, ação de graça, alegria e perdão. Isso requer um clima de liberdade e educação para expressão corporal. Certos exageros ou repetições torna a missa monótona, enfadonha e até vazia de significado. Quem cuida da animação deve perceber quais gestos que melhor traduzem o jeito de ser daquele determinado grupo e melhor ajudam na oração. Não congstione a liturgia com gestos excessivos mas valorize os mais expressivos.Nem sempre as crianças entendem certos gestos, por isso é necessário uma iniciação para que expressem de fato o que passa na cabeça e no coração das crianças. Quanto aos símbolos é necessário a valorização e acentuar o sentido daqueles que são próprios da missa. Outros possam ser acrescentados deste que não sejam estranho ao universo da criança.


Espaço celebrativo- Para a realização da missa com crianças é necessário um ambiente que favoreça o envolvimento da criança, evitando-se disperções. É necessário um trabalho de acolhita para que as mesmas ocupem os primeiros bancos e não se percam na igreja, o que comprometeria a sua participação. A decoração sóbria, mas sem perder as cores da alegria, agradam as crianças e tornam o ambiente celebrativo, menos árido e mais convidativo à celebração da vida!


Recurso da história/teatros
- Este é um excelente recurso para comunicar a mensagem da Palavra de Deus proclamada na missa. Não substitui a homilia, mas pode enriquecê-la e ilustrá-la. Contar histórias ou encená-las é uma arte, por isso é necessário contar com pessoas preparadas e que tenham dom para tal. Cuidado com histórias ou teatros muito longo pois este pode cansar o ouvinte e disperçar a atenção.




Esta postagem são dicas que foram retiradas do Diretório para missa com grupos populares e da missa com criança. Não é minha opinião sobre o assunto "o que Jacqueline acha ", mas é aquilo que a Igreja determina. Abaixo está um link onde consta o Diretório para a missa com criança na íntegra, vale a pena estudar!




Diretório liturgico para missa com crianças