Dizemos que uma pessoa é realizada num aspecto de sua vida, quando a percebemos feliz da vida com este aspecto.
Essa felicidade pode ser parcial ou completa.
Temos tantos exemplos, não é verdade?
O sim de um amor mutuamente correspondido.
A notícia da gravidez para um casal que muito se ama.
A notícia do primeiro emprego há muito procurado.
A notícia de que passamos no vestibular, quando nos sabemos na região do corte.
A informação da entrada para o seminário de um dos jovens de nossa comunidade.
A felicidade de um casal, que muito se amou por toda a vida, no encontro feliz com os filhos e netos.
Feliz é também sinônimo de bem-aventurado.
Os exemplos acima são todos de situações agradáveis, mas o contrário de cada uma delas também acontece no mundo real e Cristo também associa as bem-aventuranças a esse lado negativo da vida.
No fundo, é também bem-aventurado todo aquele que sabe enfrentar a frustração, o sofrimento, a doença e mais bem-aventurado ainda se é capaz de unir sua dor ao sacrifício incruento de Cristo na Missa.
Releia as bem-aventuranças em Mt 5, 3-12.
“As bem-aventuranças traçam a imagem de Cristo e descrevem sua caridade; exprimem a vocação dos fiéis associados à glória de sua Paixão e Ressurreição; iluminam as ações e atitudes características da vida cristã; são promessas paradoxais que sustentam a esperança nas tribulações; anunciam as bênçãos e recompensas já obscuramente adquiridas pelos discípulos; são inauguradas na vida da Virgem Maria e de todos os santos”.Isto é muito verdade para muitos cristãos hoje, públicos ou anônimos.
Veja os cantos de Maria e de são Paulo em: Lc 1, 46-55 e Rm 8, 31-39.
A vida cristã é vocação. Vocação significa chamamento. O cristão é chamado por Jesus Cristo e a Ele dá a sua resposta.
Este chamado do Senhor continua nas etapas da vida da pessoa. Manifesta-se especialmente na escolha do caminho concreto de cada um: o seu estado de vida, sua profissão, o modo de viver.
Assim, uma pessoa não deve se casar só para não ficar solteiro(a); também não deve procurar a vida consagrada para fugir de qualquer problema.
Casar-se ou permanecer solteiro(a), abraçar a vida religiosa ou assumir a missão do cristão leigo no mundo, é uma questão de vocação.
E vocação é uma questão de amor. Só será realizada e feliz a pessoa que fizer de sua vida a incansável tarefa de construir o AMOR: amor comprometido a partir da formação de uma família; ou amor concretizado numa entrega mais ampla, e só limitado pelos espaços da caridade; ou amor apaixonado pelo Reino de Deus e a ele consagrado sem reservas.
A tudo se pode renunciar na vida. Só não se pode renunciar ao amor. Uma pessoa não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar.
Por isso o projeto de vida de uma pessoa tem que ser um projeto de amor. E um projeto de amor é sempre uma grande aventura. Aventura inclui riscos.
Então, a pessoa deve refletir, ponderar, planejar; não só para o início de cada um dos rumos de sua vida, mas também para as mudanças de rumo no meio da caminhada. Sabemos o quanto podem ser sofridas as escolhas e as mudanças de rumo. É importante não se deixar levar por impulsos só de emoção, mas procurar um aconselhamento competente.
Peça a iluminação interior que vem de Deus. Nunca agir por covardia ou medo, ou por interesse inconfessável. Mantenha o coração aberto para o Senhor, cultivando a alegria cristã que o mundo não tem para dar.
Para ler e meditar sobre sua vocação:
- Lucas 14,28-33 (senta para refletir)
- Lucas 12, 13-34(entesoura para si)
- Lucas 18, 18-30(que devo fazer?)
- Pr 16, 9 (Deus e nossos planos)
- Efésios 5,22-33 (Maridos amem suas mulheres)
- Colossenses 3,18-21 (amar como convém)
- João 2,1-12 (festa de casamento)
- 1a. Samuel 3,1-10 (Fala, Senhor!)
- João 1,35-51 (Venha e veja!)
“É permanecendo firmes que vocês irão ganhar a Vida!” (Lc 21,19)
Fonte: http://semeandocatequese.blogspot.com.br/2012_01_01_archive.html#.UBp1RWFR3NU
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