Um dos maiores serviços prestados á Igreja pelos leigos é o de catequistas. Em todo o mundo, homens e mulheres, jovens e adultos, dedicam grande parte de seu tempo e seus talentos no desempenho desta nobre e fundamental função junto ás nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos. Todos com muito boa vontade mas nem sempre, infelizmente, com boa formação. É com alegria que vemos surgir, em todos os cantos, escolas de formação para catequistas, com grande afluência de pessoas desejosas de se prepararem melhor para prestar um bom serviço á evangelização, pois, afinal, a catequese deve “fazer ecoar” (kate echeo) o nome e a pessoa de Jesus ao longo da história.
Enquanto entre nós os catequistas trabalham, em sua maioria, com pessoas já pertencentes á Igreja, em muitas regiões do mundo eles são responsáveis por apresentar mais íntima e profundamente Jesus àqueles que apenas ouviram falar nele (primeiro anúncio) e agora buscam preparar-se para o batismo, para tornarem-se verdadeiros discípulos do Senhor. São catequistas em tempo integral, vivem nas comunidades que estão se formando como Igreja, fazem o papel de tradutores para os padres (que muitas vezes não dominam a língua local) e, ás vezes, também são seus cicerones (acompanham-nos em suas viagens, mostrando os caminhos). Tais catequistas, assim como os nossos, de países onde os cristãos somos maioria, são fundamentais para o crescimento da Igreja. São verdadeiros “ministros” da catequese, da Palavra.
Todo o processo catequético (seja de crianças e adolescentes, seja de adultos, seja de batizados, seja de catecúmenos) é apenas uma parte do processo evangelizador, que é mais amplo. Daí que todo catequista deve ser um missionário, no sentido mais pleno específico da palavra, pois vai levar as pessoas a um encontro e compromisso pessoal com Jesus, a ser discípulo dele (e, consequentemente, a tornar-se também um missionário, visto que o verdadeiro discípulo é missionário). Logo, o catequista é um missionário que colabora na formação de novos missionários de Jesus. Isto significa que, se a catequese não é verdadeiramente missionária, não atingiu plenamente seu objetivo. No máximo, transmitiu alguns conceitos, sem, no entanto, gerar vida, compromisso concreto.
No mês de agosto, mês vocacional, a Igreja no Brasil dedica o último domingo para comemorar o dia do catequista e, neste ano de 2009, estamos celebrando o Ano Catequético. Queira Deus que todos os nossos generosos tenham a consciência cada vez mais clara de sua missão e possam exercê-la com competência e ardor, fazendo ecoar por toda parte o nome de Jesus, com no qual reside nossa salvação. Queira Deus também que do nosso meio surjam muitas vocações para a catequese, local e além fronteiras, pois ainda existem muitos lugares onde Jesus até hoje não é conhecido e amado, lugares estes onde muitas vezes só o catequista consegue acessar. Serão aqueles que farão o primeiro anúncio e depois educarão na fé os que abrirem-se a este anúncio.
Pe. Edson Assunção
Sec. Nac. IAM
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