Em 2009/2010 a Igreja comemora o Ano Sacerdotal, convocado por Bento XVI, a fim de que sacerdotes e todo o Povo de Deus saibamos valorizar mais esta santa vocação, presente de Deus para a Igreja e o mundo.
E neste mês de outubro, dedicado ás missões, gostaria de refletir um pouco sobre esta dimensão na vida do padre: a missionariedade.
Assim como a missionariedade é essencial na Igreja, assim também o deve ser na vida de todo sacerdote, seja ele diocesano ou religioso. Sim, também nós, padres diocesanos (como eu o sou, da Arquidiocese de Niterói-RJ), devemos ser missionários, mesmo que nunca saiamos de nossa diocese. Assim o dizem para nós a Optatam Totius e a Presbyterorum Ordinis, que recomendo a (re)leitura neste ano sacerdotal.
Em um belo artigo de Pe. José Lisboa Moreira de Oliveira, SDV, intitulado Faltam Padres ou falta espírito missionário? ele questiona se realmente faltam padres no Brasil e, baseado em dados colhidos no L’Osservatore Romano (edição em português, nº 29, 19/07/03, pp. 6-8), “em 2001 existiam 405.067 presbíteros em todo o mundo. Isso significa uma média de 1 (um) padre para cada 15.139 habitantes do planeta. Se considerarmos apenas o número de católicos, temos 1 (um) padre para cada 2.619 fiéis. Relacionando o número de padres com o número de bispos existentes, teríamos para cada bispo uma média de 87,10 presbíteros. Tendo presente o fato de que não mais de 10% dos católicos são praticantes, podemos concluir que existe 1 (um) padre para cada 261,9 católicos praticantes”. Fiquei impressionado com as cifras. Mais adiante, no seu artigo, ele cita São Gregório Magno, papa no séc. VI, que já se queixava que, embora faltassem padres, muitos não cumpriam seu dever sacerdotal. E o Pe. José Lisboa apresenta outros dados, mostrando que, em nosso Brasil, a maioria dos sacerdotes estão nas grandes cidades do Sul e Sudeste do Brasil, sobretudo nas regiões litorâneas enquanto que no interior imensas extensões territoriais estão sem padres. Daí o questionamento: faltam padres ou falta espírito missionário?
Que tristeza ver que muitos entram para o seminário pensando em gravar seu CD. Que estranho o bispo ter que consultar o padre para qual paróquia quer ir. Que lástima quando um sacerdote recém-ordenado é mandado para uma paróquia e a primeira coisa que pergunta ao antecessor é se carro tem ar condicionado (fato real!). Que dificuldade quando o bispo precisa de um padre nas periferias ou nas cidadezinhas do interior. Quase tem que chorar para convencer alguns padres a irem. Que é isto? Falta de espírito missionário. Diria te mais: falta de espírito sacerdotal (para não dizer falta de fé).
Por isto este mês missionário se reveste desta característica especial: que todos nós, padres ou não, rezemos (e muito) por nossos padres, para que o espírito sacerdotal-missionário preencha nosso coração, a fim de que, de fato, sejamos capazes de deixar tudo e seguir Jesus, onde quer que Ele nos mande através da Igreja, dentro ou fora de nossa diocese, para lugares abastados ou carentes. Lá nos espera Jesus, para que O apresentemos ao mundo.
Pe. Edson Assunção
Secretário Nacional da
Infância e Adolescência Missionária
E neste mês de outubro, dedicado ás missões, gostaria de refletir um pouco sobre esta dimensão na vida do padre: a missionariedade.
Assim como a missionariedade é essencial na Igreja, assim também o deve ser na vida de todo sacerdote, seja ele diocesano ou religioso. Sim, também nós, padres diocesanos (como eu o sou, da Arquidiocese de Niterói-RJ), devemos ser missionários, mesmo que nunca saiamos de nossa diocese. Assim o dizem para nós a Optatam Totius e a Presbyterorum Ordinis, que recomendo a (re)leitura neste ano sacerdotal.
Em um belo artigo de Pe. José Lisboa Moreira de Oliveira, SDV, intitulado Faltam Padres ou falta espírito missionário? ele questiona se realmente faltam padres no Brasil e, baseado em dados colhidos no L’Osservatore Romano (edição em português, nº 29, 19/07/03, pp. 6-8), “em 2001 existiam 405.067 presbíteros em todo o mundo. Isso significa uma média de 1 (um) padre para cada 15.139 habitantes do planeta. Se considerarmos apenas o número de católicos, temos 1 (um) padre para cada 2.619 fiéis. Relacionando o número de padres com o número de bispos existentes, teríamos para cada bispo uma média de 87,10 presbíteros. Tendo presente o fato de que não mais de 10% dos católicos são praticantes, podemos concluir que existe 1 (um) padre para cada 261,9 católicos praticantes”. Fiquei impressionado com as cifras. Mais adiante, no seu artigo, ele cita São Gregório Magno, papa no séc. VI, que já se queixava que, embora faltassem padres, muitos não cumpriam seu dever sacerdotal. E o Pe. José Lisboa apresenta outros dados, mostrando que, em nosso Brasil, a maioria dos sacerdotes estão nas grandes cidades do Sul e Sudeste do Brasil, sobretudo nas regiões litorâneas enquanto que no interior imensas extensões territoriais estão sem padres. Daí o questionamento: faltam padres ou falta espírito missionário?
Que tristeza ver que muitos entram para o seminário pensando em gravar seu CD. Que estranho o bispo ter que consultar o padre para qual paróquia quer ir. Que lástima quando um sacerdote recém-ordenado é mandado para uma paróquia e a primeira coisa que pergunta ao antecessor é se carro tem ar condicionado (fato real!). Que dificuldade quando o bispo precisa de um padre nas periferias ou nas cidadezinhas do interior. Quase tem que chorar para convencer alguns padres a irem. Que é isto? Falta de espírito missionário. Diria te mais: falta de espírito sacerdotal (para não dizer falta de fé).
Por isto este mês missionário se reveste desta característica especial: que todos nós, padres ou não, rezemos (e muito) por nossos padres, para que o espírito sacerdotal-missionário preencha nosso coração, a fim de que, de fato, sejamos capazes de deixar tudo e seguir Jesus, onde quer que Ele nos mande através da Igreja, dentro ou fora de nossa diocese, para lugares abastados ou carentes. Lá nos espera Jesus, para que O apresentemos ao mundo.
Pe. Edson Assunção
Secretário Nacional da
Infância e Adolescência Missionária
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